O mercado do plástico é um dos mais importantes, sendo responsável pela produção de embalagens, componentes e produtos usados em praticamente todos os setores.
A descoberta do plástico sintético aconteceu no início do século XX e acabou contribuindo para a revolução na produção e consumo registrados durante esse período.
O plástico facilitou e proporcionou o desenvolvimento de inúmeras soluções que hoje são utilizadas no dia a dia, na produção industrial, agrícola e tantas outras.
Atualmente são mais de 400 milhões de toneladas produzidas no mundo todo por ano, um número que não para de crescer à medida que os polímeros se desenvolvem e ganham novos usos.
Contudo, nas últimas décadas o plástico vem sendo apontado como um dos grandes vilões do meio ambiente.
Os polímeros estão entre os materiais de mais difícil decomposição, podendo demorar de 200 a 600 anos para se decompor na natureza. Diante disso, levantamos a seguinte questão:
O mercado do plástico pode ser sustentável?
A emissão de gases estufa e seus efeitos no clima são apenas uma parte do pacote de problemas socioambientais que todos nós precisamos enfrentar para manter as condições do nosso Planeta favoráveis à vida. Certamente a produção de resíduos também entra nessa conta e precisa ser enfrentada com a mesma seriedade.
Com o acréscimo do uso dos polímeros eles se tornaram um dos principais grupos de resíduos que são descartados pelo mundo diariamente. Das 8,3 bilhões de toneladas de plástico que foram produzidas nos últimos 65 anos, cerca de 6,3 bilhões de toneladas foram transformadas em lixo.
Devido a difícil decomposição do material que já comentamos anteriormente, atualmente o lixo plástico surge como um dos maiores riscos ambientais. O assunto é tão relevante que estudos feitos pelo Fórum Econômico Mundial de Davos estimam que em 2050 os oceanos terão mais plásticos do que peixes.
A boa notícia é que o material possui características únicas que possibilitam realizar uma mudança nesse cenário e tornar o mercado do plástico parte da cadeia sustentável.
Para isso acontecer são necessárias mudanças de hábitos e práticas de políticas públicas eficientes que sejam voltadas à produção de resíduos. Os polímeros utilizados pela indústria do plástico são na sua maioria compatíveis com a reciclagem.
Problema e possível solução para a sustentabilidade no mercado do plástico
O grande problema é que na maior parte do mundo, a reciclagem de plásticos é pouco estimulada e praticada.
Em nosso país 11,33 milhões de toneladas de lixo plástico são produzidos todos os anos e somente 1,12% desse total são reciclados. Isso acontece tanto pela deficiência em oferecer educação ambiental à população, quanto pelas deficiências no ciclo de reciclagem nos municípios.
Destacamos a seguir algumas soluções:
- Campanhas que incentivem a separação de resíduos;
- Aumento do número de postos de coletas;
- Parcerias junto a cooperativas de catadores;
- Fiscalização e rigor na fiscalização da realização da logística reversa pelas empresas.
Além dessas soluções que já são bastante conhecidas, é importante ficar atento e acompanhar os avanços da indústria do plástico que vem trabalhando para oferecer soluções mais amigáveis ao meio ambiente, como por exemplo os bioplásticos que já estão presentes nas embalagens de alguns produtos.
Transformando polímeros em combustível
Nos últimos anos vem sendo estudada uma solução com chance de ser uma grande aliada no combate aos resíduos plásticos: a possibilidade de transformar os polímeros descartados em combustível. As embalagens plásticas que são descartadas todos os dias podem sim, ser transformadas em diesel.
Essa solução ainda favorece solucionar a menor oferta de petróleo que deve acontecer em um futuro breve.
Se tivermos a aptidão de utilizar os polímeros quando eles são realmente necessários, mesmo que tenhamos que abrir mão um pouco do nosso lucro, será possível estabelecer uma relação mais harmônica entre o mercado do plástico e o meio ambiente.
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