Os plásticos estão presentes em toda parte, e é praticamente impossível passar um dia sem entrar em contato com o material. Sua alta durabilidade e resistência são as suas principais qualidades e também um “problema”.
Como os mesmos não são biodegradáveis, depois de utilizados eles permanecem na natureza por muito tempo, agravando cada vez mais um problema mundial: acúmulo de lixo.
A reciclagem é uma alternativa para reduzir esse problema. No entanto, um dos fatores que dificultam o processo de reciclagem é que normalmente eles chegam misturados, sendo necessário primeiro realizar a sua separação.
Uma das maneiras de realizar essa identificação é através da densidade dos plásticos.
O que é densidade do plástico?
O cálculo da densidade nos permite visualizar qual material é mais ou menos pesado (denso) que outro. Os plásticos apresentam uma densidade moderadamente baixa dentro de uma variação de 0,9g/cm³ à 2,3g/cm³.
Um polietileno de baixa densidade – entre 0,91g/cm³ à 0,94g/cm³ – aponta que uma pequena quantidade de PEBD (massa) é o bastante para produzir uma grande quantidade de película plástica.
Há muitos fatores que influenciam na densidade do plástico como a composição atômica, a presença de ramificações, o modo de conformação da cadeia molecular, o grau de cristalinidade, a presença de aditivos, entre outros.
Isso ocorre porque os átomos que compõem as estruturas da maioria dos plásticos são geralmente carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, elementos químicos muito mais leves que o alumínio e ferro, por exemplo, presentes nas estruturas de materiais metálicos. Além do mais, a distância entre os átomos dos plásticos é, na maior parte, maior que nos metais.
Importância de conhecer a densidade do plástico
A densidade do plástico é um atributo relevante para definir suas aplicações, os processos de produção e a forma de reciclagem. De maneira simples, qualquer material que tem densidade maior que 1g/cm³ flutua na água, o restante decanta.
Compreender a densidade é importante para facilitar na hora da reciclagem dos resíduos plásticos pós-consumo. É necessário separar os diferentes tipos de plástico, pois alguns são incompatíveis entre si. Quando se baseiam em aspectos físicos, como a densidade, e degradação térmica, é possível segmentar os materiais.
Como descobrir a densidade do plástico?
A prova de flutuabilidade é uma das formas que um reciclador consegue identificar a densidade do plástico. Materiais plásticos como o polietileno e o polipropileno têm densidade abaixo de 1g/cm³, assim são menos densos do que a água, o que os faz flutuar. Já plásticos como PET e PVC possuem densidade acima da água, portanto afundam.
A separação de plásticos por densidade usando a água como indicador é muito utilizada em processos de reciclagem de garrafas plásticas em que, após serem moídas, passam por uma banheira com água. Assim, o PET que compõe o corpo da garrafa afunda, e o PEAD da tampa irá flutuar.
Também é possível utilizar outros líquidos (inertes ao plástico) ou sais dissolvidos na água, a fim de variar sua densidade e mudar a faixa de separação para abaixo ou acima de 1g/cm³ e então, realizar a separação entre outros tipos de resíduo plástico.
A outra forma é o teste da chama, através da coloração e característica é possível verificar a densidade do plástico.
Entender a densidade do plástico é uma forma de potencializar o processo de transformação e reciclagem. As avaliações são simples e podem contribuir para que a separação do material seja eficiente.
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