Foram encontrados microplásticos no pulmão humano, em pesquisa realizada na Faculdade de Medicina de São Paulo (USP), com autoria do engenheiro ambiental, Luís Fernando Amato, supervisionado pela médica Thais Mauad.
O estudo foi o primeiro no Brasil a investigar a presença de microplástico no corpo humano, segundo o autor da pesquisa a contaminação ocorreu por inalação em ambientes caseiros.
Para essa conclusão, foram analisadas 20 amostras de tecidos pulmonares, sendo que 13 delas apresentaram a contaminação por microplástico.
O desenvolvimento desta pesquisa foi realizado pelo Instituto de Química e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas da USP, com o apoio da Faculdade de Medicina.
No desenvolvimento desta pesquisa foram seguidos rígidos processos de análise laboratorial, com filtros ambientais que não permitiam a contaminação das amostras analisadas pelo ambiente externo, evitando alterações no resultado da pesquisa.
As partículas de microplástico são formadas pela fragmentação do plástico no meio ambiente, o material pode estar presente em todos os lugares, água, ar e solo, podendo sofrer alterações pelas diferentes condições climáticas.
Malefícios do microplástico no pulmão humano
Os especialistas alertaram que ainda é cedo para compreender os malefícios que o plástico pode causar no corpo humano, assim como, a sua contribuição no desenvolvimento de doenças mais graves.
Afirma a médica Thais Mauad, para a Revista Exame. “Há ainda uma dificuldade de se entender exatamente se ele tem efeitos danosos na saúde e também quais os tipos e outros efeitos no organismo. Não há somente um microplástico, mas sim, diversos tipos”.
Alguns estudos científicos feitos em animais, mostram que a presença de microplásticos no organismos dos bichos causam inflamações e problemas na saúde. Isso ocorre pelas substâncias tóxicas que o plástico libera ao ser fragmentado, como os fenóis (utilizados na fabricação de corantes, e outras substâncias), o retardante de chamas e a presença de bactérias e outros organismos nas partículas.
Outro fator é o tamanho dos fragmentos de plástico, que podem dificultar a eliminação das partículas pelo organismo, causando irritação inflamatória.
A doutora comentou à Revista Exame, sobre os estudos feitos em animais. “Tanto ele pode bloquear o intestino daquele animal quanto há estudos que mostram que as partículas chegam ao fígado, aos rins e induzem a respostas inflamatórias”.
Existem pesquisas realizadas na França, Nova Zelândia, China e Inglaterra e em outros países, que apontam a presença de microplástico em todos os ambientes, dentro das casas e ambientes externos.
Esses estudos que vêm sendo realizados sobre o microplástico, mostram a gravidade e a importância de entendermos os efeitos prejudiciais destas minúsculas partículas no meio ambiente e na saúde humana.
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