A pandemia do novo coronavírus motivou uma crise em diversos setores da economia por todo o mundo. Em contrapartida, a demanda por embalagens plásticas, por exemplo, teve um aumento considerável já que a maior parte da população está passando a maior parte do tempo em casa e os pedidos do sistemas de delivery também impactam o consumo por embalagens plásticas. Essa mudança refere-se ao novo padrão de consumo que deve continuar mesmo depois que a crise na saúde acabar, tornando a presença do plástico ainda mais requisitada.
Todas essas condições contribuíram para um desempenho positivo na indústria de embalagens plásticas. Mesmo com a crise que ganhou grandes proporções, o segmento viu seus indicadores permanecerem estáveis.
Um fator que merece ser destacado é que ao longo desses anos, a indústria de embalagens flexíveis foi capaz de efetivar soluções inovadoras para os muitos desafios que enfrentou ao longo do tempo. Essas inovações no desenvolvimento de embalagens evidenciam, principalmente, a mudança de perfil dos consumidores. Por esse motivo é fundamental que as empresas do setor estejam atentas às atuais tendências para continuar competitivas.
Em decorrência da crise na saúde, a indústria de embalagens precisou melhorar sua atuação de diversas formas, mantendo metas de sustentabilidade e segurança.
Sustentabilidade e suas tendências
Junto com o acesso à informação, cresce também a tendência para as embalagens plásticas e o apelo aos produtos sustentáveis. E essa busca é ainda maior em um mercado em que a diversificação por qualidade é cada vez menor, visto que a tecnologia colabora para o aperfeiçoamento de produtos.
A especialista em P&D na Canguru Plásticos Ltda, Vanessa Macarini de Oliveira diz que: “Atualmente, estamos trabalhando fortemente em temas voltados para sustentabilidade. Entendemos que para embalagens plásticas flexíveis, essa deve também ser a palavra de ordem. Conscientização quanto ao uso de recursos naturais, buscando produzir embalagens mais alinhadas com o contexto atual, que confira proteção aos materiais embalados, mas não esquecendo de sua reciclagem, do uso de seu potencial como fonte de recurso para produção de novos materiais.”
A sustentabilidade em toda cadeia produtiva é um caminho sem volta. Os fabricantes de embalagens devem investir em produtos e processos que economizem energia, diminuam o uso de recursos naturais (água e materiais), reduzam as emissões na cadeia produtiva e permitam a reciclagem, dentro do conceito de economia circular”, quem defende essa ideia é Claire Sarantópoulos, pesquisadora do Ital, da Secretaria de Agricultura de Abastecimento do Estado de São Paulo.
Ela também fala sobre a redução do peso das embalagens como uma das formas de agir ativamente na diminuição do consumo de recursos naturais e assim, se edificando uma grande tendência para embalagens, da mesma forma como a utilização de matérias-primas renováveis durante o processo de produção. Claire
completa dizendo:
Garantir a segurança, a higiene e integridade dos produtos são os princípios que sempre conduziram a indústria de embalagens, mas que ganharam força durante a crise atual. A demanda vigente é por mais embalagens e por esse motivo é essencial que as empresas continuem inovando e ofertando embalagens com design eficiente, prático, amigáveis ao meio ambiente e englobam a economia circular, uma cobrança permanente de uma sociedade cada vez mais aliada ao consumo responsável.
O e-commerce também foi um grande beneficiado com a quarentena e o fechamento do comércio e as embalagens tiveram ainda mais importância estratégica, funcionalidade e significados, que tornarão elas ferramentas de marketing cada vez mais relevantes no negócio das empresas. Segundo um levantamento realizado pelo NZN Intelligence, 74% dos consumidores preferem a compra online ao invés de realizar em uma loja física. E outra pesquisa feita pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico apresentou que com a crise as compras pela internet tiveram um crescimento de 40%.
É importante lembrar que as embalagens são responsáveis pela comunicação inicial da marca com seu consumidor, além de promover a primeira experiência com o produto. E é exatamente isso que o consumidor vem buscando, embalagens inovadoras capazes de proporcionar segurança e boas experiências.
Desta forma, a indústria deve incorporar novas atribuições às embalagens, como por exemplo, estabelecer empatia, esclarecer mais sobre o produto adquirido e estreitar o relacionamento com o cliente.
As 6 principais tendências de embalagens que têm impactado o mercado global
- A evolução digital: trata-se da personalização dos produtos. Estudos mostram que o consumidor pagaria mais por embalagens personalizadas, um bom exemplo disso foi a Coca-Cola que fez uma campanha com o
nome de pessoas nas latas, desta forma ganhando vantagem no mercado; - Produtos a mostra com informações objetivas: o consumidor tem exigido maior número de informações sobre os produtos que estão comprando, em uma comunicação clara;
- Embalagens flexíveis: consideradas mais modernas por 32% dos consumidores, sendo assim, algumas marcas já estão investindo em marketing. Nesse contexto, as marcas devem ter um cuidado para as
próximas gerações de rígidos/flexíveis que oferecem vantagens ambientais; - Embalagens ecológicas: cada vez mais consumidores estão se voltando para as possibilidades ecológicas como fator decisivo de compra, o que prova que a sustentabilidade tem ganhado espaço;
- Tamanho também é relevante: fornecer embalagens com o tamanho correto para o consumidor é importante, principalmente por situações que necessitam de fácil transporte e consumo;
- Tendência da embalagem (Mobil–Ution): busca maneiras inovadoras de se envolver com os clientes, como o ambiente móvel, buscando a linha de frente perante o consumidor.